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sexta-feira, 8 de julho de 2011

RESUMO DA HISTÓRIA DO CORDEL.....

O cordel foi uma arte cearense, que marcou muito a história cearense e nordestina.
Com as suas rimas, chamou atenção de muitas pessoas que ganhou muita popularidade.Apesar de ter sido um pequenino livro fez com que várias pessoas o conheceste.
 A sua repercução no Brasil foi tamanha que alguns cordelístas ainda fizeram a história do Brasil em um pequenino cordel.
De tudo o que eu escrevi sobre o cordel neste blog, eu entendi que o cordel apesar de não ser tão conhecido como antigamente hoje em dia, ele é livro de rimas que foram criados com muito amor por varios cordelistas cearenses e nordestinos.


CORDEL, UM LIVRO PEQUENINO DE RIMAS.....

APOLÔNIO ALVES DOS SANTOS

 Apolônio Alves dos Santos
Discussão do Carioca com o Pau-de-Arara

EXPEDITO SEBASTIÃO DA SILVA

Expedito Sebastião da Silva

 
Expedito Sebastião da Silva, tipógrafo e poeta popular
Juazeiro do Norte / CE

- A BRUXA DA MEIA NOITE OU O REINO DA MALDIÇÃO
- A MARCHA DOS CABELUDOS E OS USOS DE HOJE EM DIA.
- A OPINIÃO DOS ROMEIROS SOBRE A CANONIZAÇÃO DO PE. CÍCERO
- ADRIANO E JOANINHA
- AS AVENTURAS DE LULU NA CAPITAL DE SÃO PAULO
- AS DIABRURAS DE PEDRO MALAZARTES
- CACILDA E LEÔNCIO

Exemplos de cordéis....

  • Sobrinho:
Provo que eu sou navegador romântico
Deixando o sertão para ir ao mirífico
Mar que tanto adoro e que é o Pacífico
Entrando depois pelas águas do Atlântico
E nesse passeio de rumo oceânico
Eu quero nos mares viver e sonhar
Bonitas sereias desejo pescar
Trazê-las na mão pra Raimundo Rolim
Pra mim e pra ele, pra ele e pra mim
Cantando galope na beira do mar.
  • Limeira:
Eu sou Zé Limeira, caboclo do mato
Capando carneiro no cerco do bode
Não gosto de feme que vai no pagode
O gato fareja no rastro do rato
Carcaça de besta, suvaco de pato
Jumento, raposa, cancão e preá
Sertão, Pernambuco, Sergipe e Pará
Pará, Pernambuco, Sergipe e Sertão
Dom Pedro Segundo de sela e gibão
Cantando galope na beira do mar.
  • Mote:
VOCÊ HOJE ME PAGA O QUE TEM FEITO
COM OS POETAS MAIS FRACOS DO QUE EU.
  • Sobrinho:
Vou lhe avisar agora Zé Limeira <A
Dizem que quem avisa amigo é >B
Vou lhe amarrar agora a mão e o pé >B
E lhe atirar naquela capoeira <A
Pra você não dizer tanta besteira <A
Nesta noite em que Deus nos acolheu >C
Você hoje se esquece que nasceu >C
E se lembra que eu sou bom e perfeito >D
Você hoje me paga o que tem feito >D
Com os poetas mais fracos do que eu. >C
  • Zé Limeira:
Mais de trinta da sua qualistria
Não me faz eu correr nem ter sobrosso
Eu agarro a tacaca no pescoço
E carrego pra minha freguesia
Viva João, viva Zé, viva Maria
Viva a lua que o rato não lambeu
Viva o rato que a lua não roeu
Zé Limeira só canta desse jeito
Você hoje me paga o que tem feito
Com os poetas mais fracos do que eu.

como se escreve um cordel....

Um cordel pode ser escritos de varios tipos como: uma quadra, uma sextilha, uma septilha, uma oitava, um quadrão, uma décima, um martelo, uma redondilha ou uma carretilha.

Uma quadra estrofe de quatro versos.

Uma sextilha estrofe ou entãncia de seis versos.

Uma septilha estrofe de sete versos; setena ( de sete em sete ).

Uma oitava estrofe ou estância de oito versos.

Um quadrão cantada, em que os três primeiros versos rimam entre si.

Uma décima estrofe de dez versos.

Um martelo estrofe composta de decassílabos.

Uma redondilha antigamente, quadra de versos de sete silabas.

Uma carretilha  décima de redondilhas menores rimadas na mesma disposição da décima clássica.

origem do nome cordel.....

Para começar nós temos que saber que o cordel é chamado assim, porque os folhetos eram empendurados em cordões, que por meio de onde eram empendurados veio o nome cordel.
Mas, não é so isso que precisamos entender para saber a origem do nome cordel ele também está ligado a forma de comercialização desses folhetos em Portugal.
Então da para entender que foi por causa desses dois motivos que veio àtona a origem do nome cordel.....

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Origem do cordel...

A história da literatura de cordel começa com o romanceiro luso-holandês da Idade Contemporânea e do Renascimento. O nome cordel está ligado à forma de comercialização desses folhetos em Portugal, onde eram pendurados em cordões, chamados de cordéis. Inicialmente, eles também continham peças de teatro, como as de autoria de Gil Vicente (1465-1536). Foram os portugueses que introduziram o cordel no Brasil desde o início da colonização. Na segunda metade do século XIX começaram as impressões de folhetos brasileiros, com suas características próprias. Os temas incluem fatos do cotidiano, episódios históricos, lendas , temas religiosos, entre muitos outros. As façanhas do cangaceiro Lampião (Virgulino Ferreira da Silva, 1900-1938) e o suicídio do presidente Getúlio Vargas (1883-1954) são alguns dos assuntos de cordéis que tiveram maior tiragem no passado. Não há limite para a criação de temas dos folhetos. Praticamente todo e qualquer assunto pode virar cordel nas mãos de um poeta competente.
No Brasil, a literatura de cordel é produção típica do Nordeste, sobretudo nos estados de Pernambuco, da Paraíba, do Rio Grande do Norte e do Ceará. Costumava ser vendida em mercados e feiras pelos próprios autores. Hoje também se faz presente em outros Estados, como Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. O cordel hoje é vendido em feiras culturais, casas de cultura, livrarias e nas apresentações dos cordelistas.
Os poetas Leandro Gomes de Barros (1865-1918) e João Martins de Athayde (1880-1959) estão entre os principais autores do passado.
Todavia, este tipo de literatura apresenta vários aspectos interessantes e dignos de destaque:
  • As suas gravuras, chamadas xilogravuras, representam um importante espólio do imaginário popular;
  • Pelo fato de funcionar como divulgadora da arte do cotidiano, das tradições populares e dos autores locais (lembre-se a vitalidade deste gênero ainda no nordeste do Brasil), a literatura de cordel é de inestimável importância na manutenção das identidades locais e das tradições literárias regionais, contribuindo para a perpetuação do folclore brasileiro;
  • Pelo fato de poderem ser lidas em sessões públicas e de atingirem um número elevado de exemplares distribuídos, ajudam na disseminação de hábitos de leitura e lutam contra o analfabetismo;
  • A tipologia de assuntos que cobrem, crítica social e política e textos de opinião, elevam a literatura de cordel ao estandarte de obras de teor didático e educativo.